30 anos de Moonspell

 

Foi no dia de todos os santos que vi o mega concerto da banda portuguesa a comemorar três décadas de existência. Para tal, fizeram dois concertos especiais, com uma dezena de convidados, tendo tocado na noite de halloween no coliseu do Porto.

Antes dos Moonspell, tocaram os Samael, banda Suíça também já de longa data. Para começar, passaram videos de outras bandas de heavy metal do estrangeiro, a darem os parabéns aos Moonspell por muitos anos de carreira. Vocalistas e amigos de todo o mundo, a elogiarem o trabalho da banda portuguesa, mais internacional de sempre. No último vídeo, que foi dos Behemoth, estavam presentes todos os membros da banda, em que o vocalista falou primeiro e de seguida, toda a banda cantou o tema da Lady Gaga: “Don’t call my name, don’t call my name, Fernando…”. Toda a gente no coliseu, desatou a rir à gargalhada. Um grande momento, que deu para aquecer o início de um grande espetáculo que vinha a seguir.

Começaram com um dos primeiros temas da banda, Serpent Angel, juntamente com imagens da formação inicial. Depois, tocaram (a meu ver) dois dos melhores temas que a banda tem. Tenebrarum oratorium (andamento i e andamento ii), que há imenso tempo não via a banda a tocar, estes clássicos. Músicas que tiveram como convidados, duas cantoras e duas bailarinas em palco. 

Em seguida, tocaram dois temas em português, Trebaruna e Ataegina, numa versão celta, juntamente com os Cornalusa. No primeiro tema, atuou o vocalista e a banda de convidados, e no segundo, a primeira metade tocaram os mesmos músicos e depois, o resto dos membros dos Moonspell.

Depois vieram os clássicos, Vampiria, Alma Mater, Opium, Abysmo e Mute. Este último tema, foi tocado em versão de unplugged. Apenas quatro membros em palco. O vocalista, o teclista e dois violoncelistas da banda Opus Diabolicum. Uma maravilhosa actuação que agradou imenso ao público.

Depois, vieram os clássicos Soulsick, Buterfly Fx, Nocturna e antes de tocarem os temas do álbum The Antidote (baseado na obra de José Luís Peixoto), passaram um vídeo do escritor como uma pequena introdução aos temas que vinham a seguir. Foram tocados o próprio The Antidote e o The Southern Deathstyle, que já não eram tocados há algum tempo.

Depois vieram os temas Finisterra, Night Eternal e Em nome do medo, com a participação especial de Rui Sidónio, vocalista dos Bizarra Locomotiva. Seguiu-se White Skies, em que dou a única nota negativa do concerto. Pedro tocou guitarra e a meu ver, podia ter tocado teclado. Ele teria mais trabalho se tocasse teclas. Esteve cerca de metade do tempo da música de mãos a abanar e ouviu-se muito o som de playback do seu teclado.

Seguiu-se Extinct e dois temas cantados em português; In tremor dei e Todos os Santos, que fazem parte do álbum “1755”, que fala sobre o terramoto de Lisboa, tocado precisamente no dia de todos os santos.

Para terminar, veio o All or Nothing do seu último álbum de originais e como já tem vindo a ser o seu ritual, Full Moon Madness.

Uma noite memorável que vai ficar na memória de todos nós, com quase duas horas e meia de actuação, onde foram tocados vinte e quatro temas. Já foi a quinta vez que vi os Moonspell ao vivo no Coliseu, além de outras vezes. O Coliseu dos Recreios, a meu ver, é o melhor sítio para os seus concertos.

Sabemos que a banda não vai durar outros trinta anos mas, que venham mais dez ou quinze e mais uns quantos álbuns de estúdio.

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