Uma vez que me rebocaram o carro

Foi em 2019 quando eu trabalhava em Miraflores, que me rebocaram a viatura uma vez. Deixava sempre o carro num estacionamento público, que pagava um bilhete semanal de 5 euros. Basicamente era 1 euro por dia. Foi assim que fiz sempre, enquanto lá trabalhei.

Num final de tarde, já era de noite, quando cheguei ao estacionamento, não vi o carro. O coração começou a bater com força e pensei “Será que me roubaram o carro?”. Foi a primeira situação que me veio à cabeça. Depois pensei, que talvez tivesse rebocado o carro mas, eu tinha pago bilhete, como sempre fiz. Então liguei para o número da firma responsável pela supervisão do estacionamento e disseram-me que o carro tinha sido primeiro bloqueado e depois rebocado. Eu tinha a certeza que tinha posto o bilhete de forma visível. Disseram-me que o bilhete que lá tinha no carro, já tinha passado o prazo.

Que aconteceu? Em vez de ter posto o bilhete actual, meti o mais antigo. Isto foi, esqueci-me de o rasgar e deitá-lo fora. O carro estava em Carnaxide e disseram-me que já não mo davam hoje. E tinha que ir lá amanhã buscá-lo.

Então pensei: “Será que vou ter que pagar na mesma a multa e o reboque, tendo pago o estacionamento?”. Isso era assunto que, só no dia seguinte quando fosse buscar o carro, é que ia saber.

Liguei ao meu irmão para me vir buscar e quando cheguei a casa, liguei a um amigo meu que é Uber driver, a perguntar-lhe se me podia vir buscar a casa na manhã seguinte e deixar-me em Carnaxide, para ir buscar a minha viatura, ele disse que sim.

Apanhou-me à porta de casa às oito e meia da manhã e deixou-me no local onde tinha o carro. Teve uma coisa boa, deu para rever um amigo que já não via há algum tempo. Quando cheguei, expliquei a situação, de que tinha comprado o bilhete semanal desta semana mas, que troquei sem querer os bilhetes. Então disseram-me que se tivesse o bilhete à mão, que podia levar o carro e que não tinha que pagar nada.

Assim aconteceu. Pedi ao agente que viesse comigo até ao carro, para mostrar que não estava a aldrabar. Abri a porta e tirei o bilhete do porta-luvas do meio e dei-lho de seguida.

Pediu para ir com ele até à colega da recepção, e pediu para anular o meu caso. Assim saí de lá aliviado para o trabalho, não tendo que pagar nada.

Quando cheguei ao trabalho, acharam estranho ter chegado cedo, porque eu só entrava às dez. Então expliquei-lhes a situação.

Dois dias depois, um colega meu disse-me: “Na outra vez quando me fui embora, pareceu-me ter visto o teu carro bloqueado…”. E eu perguntei-lhe: “Então e não me soubeste ligar?!”. Ele: “Não tinha o teu número”. Eu: “Não sabias ter ligado para aqui?”. Ele: “Não tinha a certeza se era o teu carro…”.

                Toda a gente lá da empresa, ficou com muito má impressão dele, ao não me ter avisado que o meu carro estava bloqueado. Escusava eu ter apanhado o susto que apanhei, ter vindo o meu irmão buscar-me e ter que levantar mais cedo que o costume, para ir buscar o carro, estando no receio se havia de pagar alguma coisa, ou não.

Felizmente, ele não durou muito tempo e foi dessa maneira, que não tive que me cruzar muito mais vezes com ele. Desde aí, que ninguém lá da empresa ficou com uma boa imagem dele. 

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