Cassetes, Disco Vinil, CDs, DVDs

         Ainda sou do tempo em que uma pessoa para ouvir a música de que gostava, tinha de ter um aparelho de cassete TDK, de discos vinis ou leitor de CD. 

     No início da década de 80, para ouvir a nossa música, tínhamos de comprar a fita da cassete para ouvir na nossa aparelhagem, ou até mesmo no carro. Havendo também os discos vinis, de que ainda hoje há coleccionadores, que têm imensos álbuns das suas bandas favoritas, nestes formatos. Contudo, também tínhamos as cassetes virgens, que davam para gravar de cassete, disco e CD para cassete.

        Lembro-me quando era adolescente, muitas foram as vezes que queria arranjar álbuns de bandas que gostava na altura e não conseguia. Cheguei a ter quase duzentas cassetes de música, todas elas gravadas. Acho que nunca na vida, cheguei a comprar uma cassete de música original. Cheguei a ter algumas originais mas, foram-me todas oferecidas. Só comprava cassetes virgens.

         Foi em finais na década de 80 e inícios da década de 90 que os portugueses começaram a comprar os CDs. Este formato Compact Disc, atraiu muita gente e foi o produto mais vendido nas últimas três décadas. Ainda me lembro, que os primeiros CDs que tive, foram o "greatest hits” dos The Police, "greatest hits II” dos Queen e o “Era uma vez um rapaz” do Sérgio Godinho”. Ainda os tenho e ouço de vez em quando.

        O mesmo também se passou com os filmes. O primeiro produto que tivemos foi a cassete VHS. Chegaram-me a oferecer algumas destas cassetes, como o “Cobra”, “007 – Agente Irresistível”, “007 – Só se vive duas vezes”, alguns desenhos animados do Lucky Luck, entre outros. Cheguei a comprar muitas destas cassetes virgens, para gravar os programas que davam na televisão. Cassetes VHS, também eu trouxe muitas do clube de vídeo para ver em casa.

      Em finais da década de 90 e início da primeira década do novo milénio, surgiram os DVDs, que tal como os CDs, atrairam muita gente. Como foi o meu caso. Ainda hoje tenho imensos DVDs e CDs.

        Depois do DVD, surgiu o Blue-Ray. Tem melhor qualidade que o DVD mas, não atraiu tanta gente, como quando o DVD surgiu no mercado.

      Hoje, como vivemos na era digital, estes produtos já não são tão vendidos como antigamente. Se formos à Fnac por exemplo, já não têm quase DVDs nem Blue-Rays à venda. CDs, vêem-se poucos e os discos vinis, continuam a vender a mesma quantidade que têm vindo a vender. Isto porquê? O youtube e os serviços pagos de distribuição em formato digital, permitiram recuperar o volume de receitas globais do sector Streaming. Os jovens da nova geração e até mesmo quem viveu na década de 80, preferem o Spotify e a Apple music, para ouvir a sua música no seu dispositivo móvel. Hoje, a streaming musical, conta com mais de 500 milhões de assinantes a nível mundial. Aliás, existem cantores e bandas musicais que editaram álbuns em apenas formato Stream. Não existem esses álbuns em formato físico.

        O mesmo se passa no cinema. Desde que apareceu a Netflix, e aplicações das operadoras NOS, MEO, e Vodafone, que os consumidores praticamente deixaram de comprar DVDs, Blue-Rays e as bilheterias no cinema, também baixaram imenso.

        Eu como fã de cinema e música, se gostar de um filme ou de um álbum, gosto de comprar o DVD e CD. Gosto de ter a minha colecção, ouvir e ver aquilo que gosto. Gosto de ter os físicos de grandes pérolas.