Séries Televisivas – Parte I


     Todos nós, ou quase todos gostamos de ver as séries que dão na televisão. Então desde que a NetFlix surgiu, ainda mais viciados em séries ficámos. Quando estamos com amigos, ou reunidos em família, há por hábito falar das séries que dão hoje em dia, dar conselhos das boas e das más. São dezenas as que estão no ar, e que a maior parte das vezes nem temos tempo para ver todas ou saber quais as que vale a pena ver e não. 

     Eu  por acaso não sou muito de ver séries. De vez em quando vejo uma ou outra, mas é mais o hábito não estar a ver nenhuma de momento. Sou mais de ver filmes, de preferência ver os DVDs que tenho com legendas em inglês, que não deixa de ser óptimo para praticarmos a escrita inglesa. Também gosto de ver concertos, documentários e programas sobre a natureza, vida animal.

      As primeiras séries que vi na vida, foram os “Três Duques”, “Homem automático”, “Soldados da Fortuna” e o “Justiceiro - Knight Rider”. Estavamos nós a meio da década de oitenta quando estas séries passaram na televisão portuguesa. Com os “Três Duques” fartava-me de rir, ver os donos do carro cor de laranja a fugirem da polícia e as portas da viatura, não se abriam. Entravam sempre pelas janelas do carro. Anos mais tarde, vieram a fazer remakes da mesma. O “Homem automático”, nunca mais se ouviu falar e nem remakes fizeram. “Soldados da Fortuna”, cheguei a ver alguns episódios e a “Knight Rider”, foi das séries internacionais que mais marcou a década de oitenta e ainda hoje se fala dela. Eu era louco pela série, adorava o carro, cheguei a ter uma caderneta e dizia que no futuro queria ter um carro daqueles. A minha mãe fartou-se de me dizer que aquilo era fictício, a voz que se ouvia no carro era um gravador e que o carro não pulava. Na altura não acreditava mas, com o passar do tempo, apercebi-me que eu estava mais que errado. Também cheguei a ter carrinhos do Kit.

      Outra série que também deu e foi bastante vista em Portugal mas que eu não segui, foi o “Dallas”. Ainda hoje, quando se ouve falar da cidade, lembramo-nos da série. E por incrível que pareça, muitas das filmagens foram gravadas fora da própria cidade. Apenas nas partes das famosas ruas de Dallas, foram lá filmadas.

       Alguns anos depois, os “Soldados da Fortuna” e o “Justiceiro” foram repetidos na TVI em 1993, dobradas em brasileiro. Tendo elas sido apelidadas no Brasil por “Esquadrão Classe A” e “A super máquina” respectivamente. Na primeira, a frase que mais ficou na memória das pessoas que viram a série dobrada, era quase sempre na parte final de cada episódio, quando o Big Boss dizia: “Eu adoro, quando um plano dá certo”. No Justiceiro, haviam sempre aqueles diálogos entre Michael Knight e Kit Rider: “Vamos lá, amigão”.

      Ainda relativamente a estas duas séries, na escola falávamos dos argumentos dobrados para brasileiro, imitávamos as falas brasileiras das personagens e fartávamo-nos de rir. Por vezes, tentávamos também imitar aquele som da luz vermelha que o carro do Michael Night fazia. Que não era muito difícil.

        Séries portuguesas, tivemos o “Zé Gato”, “Anel Mágico” e “Duarte & Companhia”, de que ainda hoje se fala muito, e já foi repetida N vezes no canal RTP Memória.

       As duas primeiras séries, não acompanhei episódio a episódio como fiz no “Duarte & Companhia”. Apesar de hoje, quando vou à esplanada da Graça, lembro-me quase sempre do “Zé Gato”, porque uma parte da série foi filmada naquele local.

No recreio da escola primária do Campo Esperança em Aljustrel, onde estudei, eu e os meus colegas brincávamos ao “Duarte & Companhia”. Cada um de nós era uma das personagens da série. Tínhamos a nossa pistola de brincadeira, fingíamos que dávamos socos e pontapés uns nos outros e divertíamo-nos à brava. Série esta que, ficou marcada pela porrada que as mulheres davam nos homens e do Citroen de 2 cvs, o carro do detective Duarte que circulava sozinho. Teve a sua estreia em 1985 na televisão portuguesa e hoje, se a memória não me falha, só estão cinco actores vivos. Rui Mendes (Duarte), Paula Moura (Joaninha), Luis Vicente (Átila), Guilherme Filipe (Lúcifer) e Alberto Quaresma (Albertini). O resto dos actores, já se encontram em paz. 

Lembro-me há nove anos, quando ia muito a Queluz, via quase sempre o actor António Rocha, na mesma rua. Também já não se encontra entre nós.

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