Noites de Halloween

 

     No dia trinta e um de Outubro, temos sempre a nossa aclamada noite de Halloween. Vê-se durante o dia miúdos das escolas mascarados de bruxas, fantasmas, Adams, lobisomens, etc. Também já se vêem adultos a fazerem-no. No facebook é o que se vê mais. Amigos nossos mascarados, pintam a cara de branco, metem cabeleiras postiças, máscaras, vestidos de piratas, fantasmas, Jack Estripador, entre outros.

      Eu nunca me mascarei nas noites de halloween e já há trinta anos que não me mascaro. Não tenho paciência e deixei de mostrar interesse por este tipo de festas. Para mim, uma noite de halloween é bem passada a ver um concerto de Moonspell ou Bizarra Locomotiva. Quando actuam as duas juntas, melhor noite é impossível. Como foi o caso desta última que eu passei no Montijo. Actuaram quatro bandas portuguesas, tendo as últimas sido precisamente Bizarra Locomotiva e Moonspell. Estive com uma amiga e amigo meu, e também encontrei um casal amigo do Montijo, que já não via há uns cinco anos. Gostei muito de ter voltado a vê-los e não fazia a mínima ideia de que também eram fãs de heavy metal.

      A máscara de covid não era obrigatória. Mas eu e o meu pessoal amigo decidimos não facilitar e sempre que estávamos no meio da multidão, estávamos de máscara posta. Apenas a tirámos, para comer ou para falar uns com os outros quando havia muito barulho e para ouvirmos melhor. Durante a actuação dos Bizarra Locomotiva e dos Moonspell, estivemos sempre de máscara. Cerca de oitenta por cento das pessoas, das que não estavam mascaradas, não tinham a máscara posta.

     Muitas das pessoas que se mascaram na noite de halloween, não são fãs de heavy metal. O que é verdade, na noite do concerto que eu assisti, havia muito mascarado mas, éramos mais os que não estavam mascarados. Lembro-me noutra noite de Halloween há sete anos atrás, em que estive num concerto dos Moonspell no incrível almadense, e quase ninguém estava mascarado. Eram raras as pessoas que estavam. Muitas das pessoas estavam vestidas normalmente. Superavam os metálicos, os góticos, os darksides, os mascarados, etc.

     Parece que também passou a ser típico, ou não sei se esta tradição já dura há algum tempo, as crianças mascaradas irem tocar às portas do seu prédio e os vizinhos oferecerem-lhes rebuçados como lembrança. É engraçado quando espreitamos para ver quem é e vemos máscaras de fantasmas.

      Existem aquelas pessoas que não ligam nenhuma a esta tradição. Passam ao lado. Eu, se não fossem os concertos, também não ligava nenhuma. Como é o caso do carnaval. Não sou fã e nem me dou ao trabalho de pensar em me mascarar.

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