Jogos da Spectrum


   Quem nasceu até aos inícios da década de oitenta, lembra-se com certeza dos jogos da Spectrum. Quando queríamos jogar, tínhamos de meter a cassete no gravador, fazer o Load aspas aspas enter e de seguida carregar no play para o jogo começar a entrar. Quem é que não tem saudades destes tempos?

    Quando metíamos os jogos a entrar e ao fim de algum tempo ele não entrava, era uma autêntica dor de cabeça para nós e tínhamos vontade de dar murros no computador, pelo facto de ter dado erro e termos estado ali à espera para nada.

    Houve jogos que me marcaram, como foi o caso do Exolon, Arkanoid, Kano, Terramex, Spy hunter, Brun Brun, R-Type, Match day (ainda hoje tenho a música deste jogo no ouvido), entre outros. Quando estou no estrangeiro a descansar no hotel, às vezes pego no meu i-Pad, vou ao youtube e vejo imagens desses jogos para matar saudades. Quando estou a ver os jogos, lembro-me dos locais e dos amigos com quem jogava na altura. Tenho amigos que chegaram a ter centenas de jogos/cassetes.

    Tínhamos duas opções para podermos jogar os jogos. Ou com o teclado ou o joystick. Eu jogava com os dois. Dependendo do jogo. Se fosse o Arkanoid jogava com o teclado e se fosse o Exolon, jogava com o joystick. Também havia os monitores próprios para jogarmos. Eram aqueles televisores quadrados pequenos que tinham o apoio simples na parte de cima para podermos pegar-lhes, sempre que quiséssemos mudar de sítio, e tinham aquele botão vermelho também na parte superior para ligarmos e desligarmos. A imagem não era propriamente a perto e branco, mas sim a verde clarinho e preto.

     Para quem tem no mínimo quarenta anos, a década que ficou mais marcada nas nossas memórias foi sem dúvida a década de oitenta. O mesmo, também digo destes jogos de computador. Estes foram os jogos de computador que nos marcaram mais a nossa geração. Só que depois, vieram os jogos da Sega e da Nintendo que acabaram de vez com mercado dos jogos da Spectrum. Eu tive dois Segas. O Game Gear e a Mega Drive II. Hoje em dia há as playstations, entre outros. Nunca mais voltei a jogar estes jogos. Não são da minha geração.

      Já agora, de recordar que o pai da Spectrum, Clive Sinclair faleceu há mais de duas semanas com oitenta e um anos de idade. Foi ele o responsável por alguns dos nossos momentos de entretenimento. Rest in Peace.

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