Blade Runner
Uma vez estava a ver o programa “Pastéis de Nata”, em que o tema era a ficção científica, e um dos convidados referiu um excelente livro baseado nesse ponto, escrito pelo falecido Philip Dick, que se chama “Do Androids Dream of Electric Sheep?”, e que até hoje essa grande obra ainda não foi traduzida para português.
Dessa obra, surgiu então o filme “Blade Runner”, realizado por um dos
realizadores mais aclamados de Hollywood, Ridley Scott.
Temos então como principal protagonista do filme, o Sr. Harrison Ford que
para muitos, quando se fala nele a personagem que vem à cabeça é o Indiana
Jones. A mim não. Quando se ouve falar do actor, a personagem que me lembro
logo é Rick Deckard, o papel que o actor interpreta neste filme. Tal como
acontece na Missão Impossível. O actor que as pessoas se lembram quando ouvem
falar do nome do filme, é o Tom Cruise. Mas acontece que a Missão Impossível não
é do Tom Cruise. É sim do falecido Peter Graves. Ele sim, é o grande
protagonista da Missão Impossível. Aliás, a carreira de Peter Graves ficou
marcada pelas 2 excelentes séries da Missão Impossível, que já foram recordadas
pelo canal RTP memória.
Voltando ao filme (Blade Runner), é considerado o melhor filme de ficção científica,
segundo um inquérito levado a cabo pelo jornal britânico The Guardian, sessenta por cento dos cientistas de maior prestígio mundial elegeram-no como o melhor filme de
ficção feito até hoje.
Teve a sua estreia no cinema em 1982, um ano depois de o seu autor (Philip
Dick), ter falecido. Sendo alvo de muitas criticas na sua estreia, o que é
verdade é que este filme já influenciou tantos outros, desde o Relatório
Minoritário (também baseado na obra de Philip Dick), no qual Steven Spielberg,
o realizador do filme disse numa entrevista que o Relatório Minoritário tinha
algumas influências do Blade Runner. Seguindo de outros como os Batmans, a
trilogia do regresso ao futuro, Harry Potter, The Matrix, etc. Aliás, numa
edição da revista Premiere, que é uma revista mensal que fala sobre cinema, já
editada há alguns anos, têm cerca de 5 ou 6 páginas a falar do filme, e de
seguida tem algumas páginas com as fotografias de todos os filmes, que tiveram
influências no filme.
Blade Runner criou um universo de grande e pura imaginação. Tendo grandes
efeitos visuais como os blimps de propaganda japonesa, os neóns, os ambientes
nocturnos que misturam estilos antigos diversos (oriental, clássico,
neoclássico) com tecnologia, a música melancólica e instrumental do Vangelis
e dúzias de outros elementos se transformaram em referências definitivas no
cinema, citados já em filmes posteriores, anteriormente referidos.
“A proposta existencial de reflexão e
análise do homem versus máquina nunca mais abandonou a temática do cinema e
ganhou uma face visual definitiva.”
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