Amizades – Parte II
Há aqueles indivíduos que não têm amigos, passam os fins-de-semana em casa, não fazem noitadas e quando estão de férias não vão para lado nenhum. O que não quer dizer que não tenham amigos. Podem ter, mas não têm aquela relação directa com eles como desejariam ter. São fases más que temos na vida, em que por vezes o trabalho e as relações amorosas nos afastam também das pessoas. Uns optam por não terem grandes amigos, outros esforçam-se mas não têm a amizade que gostariam de ter com essas pessoas.
Quando temos coisas combinadas, há partida esses compromissos serão realizados. Mas existem aqueles chicos espertos, que há última da hora desmarcam ou mudam de ideias. Para além de estragarem a tarde ou a noite a uma pessoa, vem a desilusão, para quem já estava na expectativa, de que se ia divertir, quando se depara com uma mensagem no telemóvel ou recebe um telefonema do amigo com quem combinou sair a dizer que já não comparece, e vêm com as desculpas do costume. Inúmeras atitudes destas fazem com que muitas amizades terminem, porque não é agradável para quem já tem os seus planos virados para um determinado destino e vê-lo a ser alterado à última da hora. O mesmo se sucede, quando combinamos ir a um determinado restaurante, e a caminho perguntam-nos se não preferem ir a outro. Porque é que as pessoas mudam de ideias em cima da hora?
Por vezes somos muito agarrados a uma pessoa, e isso pode-nos fazer com que as outras pessoas que nos rodeam se afastem de nós. Estamos sempre do lado dessa pessoa, independentemente ela tenha razão ou não daquilo que faça. E quando defendemos alguém a quem somos muito afectos, quando ele luta por uma razão em que a maioria luta pelo oposto, arriscamo-nos a perder a simpatia que temos pelas pessoas. Existem pessoas a quem temos uma relação mais próxima que outras. Mas isso não é motivo para que lhe dê-mos sempre razão em tudo o que diga. Temos que ver as coisas pela nossa ótica, e estudar a nossa visão pela nossa perpectiva. Se gostamos mais de uma pessoa que outra, isso não é razão para estarmos de acordo por quem gostamos mais. O mesmo acontece quando trabalhamos para uma empresa, temos o dever de defender a marca para quem trabalhamos. Mas não quer dizer que tenhamos que defender sempre o cliente. Sabemos que o cliente nem sempre tem razão. Se fossemos sempre a dar razão ao cliente, era bem possível que a empresa já não existisse.
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