Tempo que perdemos a dormir
Há sempre aquela frase que ouvimos das pessoas “Adoro dormir”. A maioria parece que gosta de dormir. Pois eu sou precisamente o oposto. Não gosto de dormir, por uma simples razão. Perdemos imenso tempo a dormir. Quase um terço da vida. Durmo, porque é uma necessidade que todos nós temos. Apenas dormimos para descansar o cérebro, que consome cerca de um quinto da nossa alimentação. O resto do corpo, precisa apenas de repouso. Todos nós conhecemos aquela expressão, “não é preciso dormir para descansar”. O que é verdade. Se estivermos deitados no sofá a ver televisão, estamos a descansar o nosso corpo. O que não estamos a descansar, é a nossa cabeça. Quando estamos com atenção a algo, automaticamente estamos a cansar o nosso cérebro. Por isso existe a expressão daquelas pessoas que adoram dormir imenso, “gostam muito de descansar o cérebro”. Mas o que é verdade, é que há muita gente a dormir imenso, mas não cansa o cérebro. Isto é, não trabalham e passam uma boa parte do dia sem fazer nenhum.
Dormir bem é essencial para estarmos com a memória fresca e sermos mais produtivos no nosso dia-a-dia. Mais precisamente, nos dias de trabalho. Uma noite mal dormida, pode-nos afectar o dia, principalmente quando temos compromissos importantes. Os estudantes universitários têm por hábito a mania de fazer diretas, quando têm um exame no dia seguinte ou trabalhos de grupo. A mania de deixarem tudo para a última da hora, ou não planearem bem as coisas, podem não correr bem e o seu trabalho ser afectado por isso.
Todos nós temos noites mal dormidas,
principalmente quando acordamos a meio da noite, e temos que levantar cedo e só
voltamos a adormecer passado algumas horas e quando adormecemos, passado meia
hora temos que acordar para ir trabalhar. Situações destas, acontecem com todos
nós e infelizmente vai continuar a acontecer.
Lembro-me quando andava no décimo primeiro ano, após as férias do natal, uma colega minha ter dito toda contente: “Foram óptimas estas férias. Dormia doze horas por dia”. Se fosse comigo, não estaria nada contente. Passar metade do dia a dormir. Tenho um amigo inglês, que tem a doença do sono. Devido a esta sua situação, não trabalha e tem apoios do estado britânico. Um português, já não tem a mesma sorte.
Na minha ótica, acho que dormimos horas a mais, e podíamos ser muito mais produtivos se não tivéssemos que dormir tanto. O nosso presidente da república é um exemplo. Só dorme quatro horas por noite. Quem me dera mim também dormir tão pouco. Seria excelente adormecermos por volta das três da manhã e acordarmos às sete da manhã sem sono nenhum. Tínhamos mais tempo para fazer aquilo que gostamos, como por exemplo ler, fazer desporto, explorar outras áreas de trabalho que pouco conhecemos ou mesmo tirar cursos que possivelmente podiam ser importantes para a nossa vida profissional. Quem tem bandas musicais, até teria mais tempo para ensaiar ou explorar mais o mundo da música, para quem tem esta paixão. Agora, a questão que coloco é: Se dormíssemos menos, trabalharíamos mais horas? É possível que até trabalhássemos. Contudo, seriamos muito mais produtivos e não havia tantos atrasos que existem nos trabalhos, como sempre houve. No entanto, nos dias de folga (fim de semana) e nas férias, teríamos mais tempo para gozar os nossos tempos livres e aquelas ditas frases “Falta de tempo”, “Não tenho tido tempo” ou “Tenho tido muito trabalho”, já não se usavam tanto. Sabendo nós que estas frases, utilizam-se mais como desculpa para não estarmos com alguém ou quando uma pessoa falha um compromisso com a outra. Já não havia tanta dor de cabeça!
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