Deslocações para o trabalho
Falando de trabalho, falemos também das deslocações que os trabalhadores fazem a caminho deles. Há quem trabalhe em casa, há quem demore cinco minutos, há quem demore meia hora, uma hora, mais que uma hora, etc. Nas grandes cidades (Lisboa e Porto), são milhares de portugueses que apanham o trânsito local, demorando alguns deles entre uma hora e meia a duas horas a chegarem ao trabalho. Há solução para esta gente? Sim. Pode haver. Cerca de 70% destas pessoas, vão sozinhas nos seus carros. A maioria não se conhecem umas às outras. Razão por essa que só se vê uma pessoa na maioria dos carros. Se a média de pessoas por carro fosse duas, já havia menos trânsito e ficava mais barato para os trabalhadores. No mínimo a metade do preço ficava. O grande problema destes cidadãos, para além de não se conhecerem, não trabalham próximos uns dos outros, ou depois do trabalho tem outros compromissos. Por isso, que hoje em dia existem certas páginas no facebook para poderem facilitar as deslocações para o trabalho às pessoas.
Depois há aqueles que saiem de casa de carro, e deixam-no junto a uma estação de metro, para o apanharem posteriormente para fazerem o resto do percurso diário, e vice-versa. Acontece que, cada vez são mais as zonas das grandes cidades que colocam parquímetros em tudo quando é sítio, como foi o caso de Telheiras, na zona onde moro. Muita gente deixava lá os carros, para posteriormente apanharem o metro lá da zona. Se não são os parquímetros, são os arrumadores de carros. E depois há estacionamentos, em que para além de se pagar, ainda apanhamos esses mendigos. Na zona de Carnide (Lisboa), existem três tipos de estacionamentos. Há várias zonas exclusivas para residentes, que se situa em frente de cada prédio, a zona de parquímetros de cor verde (que é a mais barata), para quem pretende ter o carro estacionado durante algum tempo, e a zona de estacionamento diário que se paga 2 euros para ter ali o carro sem limite de tempo. Para quem estaciona a viatura nestes estacionamentos com preço diário, ao fim de uma semana são dez euros que desembolsa da sua carteira e ao fim do mês são pouco mais de quarenta euros. Fora o dinheiro que gasta no passe dos transportes públicos. Estes trabalhadores, ao fim do mês gastam cerca de cem euros só em deslocações, se também tiverem que pagar portagem.
Os que vivem perto do
trabalho (a maioria vive fora das grandes cidades), vão a pé para o trabalho,
muitos nem cinco minutos demoram a lá chegar e poupam dinheiro em transportes.
Há quem vá de carro, mas que demore menos de meia hora a chegar, ou apanha
apenas um transporte público para fazer o seu percurso. São deslocações que se
fazem bem, não têm para arranca e quem vai de transporte público pode muito bem
ir a ler. Sempre é melhor que ir discando no telemóvel.
Há trabalhadores que têm direito a subsídio de transporte, e às vezes até ficam a ganhar algum dinheiro com isso. Outros não têm direito e gastam balúrdios nas deslocações, e uns só têm direito se forem de transporte público para o trabalho e têm que apresentar o recibo.
Hoje com o covid, muita gente ficou a trabalhar a partir de casa (teletrabalho). Contudo, não se nota muita diferença no trânsito. E essa gente que faz teletrabalho, ainda trabalham mais porque, o tempo que perdiam nas deslocações, perdem-no agora a trabalhar em casa. Isto é, se demoravam meia hora a chegar ao trabalho e vice-versa, trabalham mais uma hora.
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