Faltas de Consideração – Parte III

Falemos agora de Alcunhas. Estes nomes que nos identificam sem serem o nosso nome/apelido, são nomes que podem vir de antigos familiares, por qualquer coisa marcante que nos aconteceu, ou por brincadeiras estúpidas e que alguém lhes apelidou com esse nome.

Há muita gente que não gosta que os tratem pelas alcunhas. São nomes que podem não soar bem ao ouvido da pessoa, e essa pessoa parta para a violência ou tenha uma atitude desagradável, quando lhe chamam um nome que não é do seu agrado.

Existe uma maneira simples. Se não gosta, tem de se respeitar. Porque é que há seres humanos que não respeitam, sabendo elas que essa pessoa não gosta que a tratem por um determinado nome?! Porque fazem isso? Só para chamar a atenção ou para se armar em herói perante quem está presente! Como diz o José Mário Branco na FMI: “Nós somos um povo de respeitinho muito lindo... Né filho?”. Mas parece que nem toda gente tem respeito pelas outras, quando tratam alguém por um determinado nome, para mais quando ela está perante uma multidão de gente. Aí o desespero é total, e essa pessoa tão cedo não vai conseguir esquecer esse momento vergonhoso que passou, e tão cedo não vai perdoar a esse indivíduo que lhe chamou um nome repugnante em plena praça pública.

Todos nós passamos por momentos menos bons, e às vezes por momentos vergonhosos. Ninguém neste mundo é perfeito. Quando erramos (o que é natural), ou quando passamos por uma determinada situação, há sempre aqueles chicos espertos que gostam de se rir das desgraças dos outros. Qual é a piada disso? Será que essas pessoas se julgam perfeitas e nunca passaram por isso? Para além de se estarem a rir com uma atitude de mau gosto, ainda olham para elas e jogam a mão à cabeça. E se fosse ao contrário! Também gostavam? Esses indivíduos que se riem das desgraças dos outros, será que não se apercebem no que vai dentro das outras pessoas pelo mau momento que tiveram ou pelo erro que cometeram! Já não basta a vergonha que passam, e ainda se riem para as rebaixarem mais.

Outra brincadeira de mau gosto que os portugueses têm, é esconderem algo que pertence a alguém, vêem que essa pessoa anda aflita à procura desse objecto escondido que lhe pertence, e por parvoíce, quem o escondeu vê o outro, a andar de um lado para o outro sem necessidade nenhuma. Será que esses indivíduos que gostam de esconder coisas dos outros, não se apercebem do mal que estão a causar? Que ganham eles com isso? Fazem-no para se entreterem a ver a reacção escusada das pessoas aflitas à procura do que é delas, ou porque têm o prazer de verem o ridículo? Será que estes seres humanos não tiveram educação? Se lhes fizessem o mesmo, também gostavam?

Falando desta brincadeira de mau gosto, falamos de outra com o mesmo nível amargo. Quando alguém tira algo a uma pessoa (como o telemóvel por exemplo), põe-se ali a picar com ela fingindo que lhe dá o telemóvel, apenas para irritar o dono. Será que esses indivíduos não se apercebem que não só estão a irritar a quem tiraram algo, como também a quem está por perto? Se brincassem com algo que fosse deles, não fariam melhor figura? Será que não se apercebem da figura ridícula que estão a fazer? Os indivíduos a quem  tiram os objectos, fizeram-lhes algum mal para estarem a merecer este tipo de brincadeiras de mau gosto? E só lhes devolvem o que é delas passado meia hora, ou até horas.

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