Concursos Televisivos – Parte I


    Vamos falar agora de um concurso que tinha a ver com possíveis relações amorosas, que se chamava “Encontros Imediatos”, transmitido pela SIC, apresentado pela actriz Manuela Maria Cortez, tendo sido substituída mais tarde pela apresentadora Maria Vieira. O concurso consistia em duas partes. A primeira parte uma concorrente tinha que fazer três perguntas a três concorrentes masculinos. E na segunda, era um concorrente a fazer as três perguntas a três concorrentes do sexo oposto.

    O concorrente que fazia as perguntas, não via os três concorrentes que lhe respondiam. Eles os três ficavam lado a lado uns dos outros, e o principal ficava mais ao lado separado por um biombo para não os deixava ver. Os três concorrentes tinham pouco tempo para responder às perguntas do concorrente principal. E a escolha dos concorrentes para responder primeiro, era alternada em cada pergunta. O primeiro, não tinha muito tempo para pensar na resposta que tinha que dar.

  Moral do concurso, o/a concorrente principal escolhia um/a concorrente para ele/a, através da inteligência das respostas que os/as três concorrentes davam, e nunca podia visualizá-los/as antes de poder escolher. Por isso, ele/a nunca sabia se escolhia o/a mais bonito/a dos três. Apenas e só, pela sua capacidade de resposta. Quando o/a concorrente já estava selecionado/a, o /a principal era apresentado/a aos dois/duas que não foram escolhidos/as. Na parte final, o/a concorrente selecionado/a e o/a principal ficavam ao lado de um do outro a escassos centímetros, separados por um biombo. Quando estava tudo a postos para os concorrentes se verem, a apresentadora do concurso dizia sempre: “Podem recolher o biombo!”.

   Resumindo e concluindo, os desgraçados dos concorrentes nunca se podiam ver antes para o principal poder fazer a escolha que pretendia. Certamente, que houve muitos que quando fizeram a sua escolha, se tivessem a oportunidade de vê-los/as antes, não a teriam feito. E os concorrentes vencedores, teriam um fim-de-semana pago numa pousada/hotel em Portugal.

    Aos dias da semana temos o concurso “Preço Certo”, apresentado pelo ilustre Fernando Mendes, tendo sido antes apresentado por Jorge Gabriel. São chamados ao palco espectadores que são os próprios concorrentes do concurso, e depois há a roda final, a que chegam três concorrentes, e apenas um tem a possibilidade de vencer a montra final. Ao concorrente finalista, e antes de dizer qual o preço final, são lhe mostrados os prémios que contém essa montra, e é lhe dada uma margem de erro que varia entre os 500 e os 2.000€.      

      Numa edição, na altura apresentado por Jorge Gabriel, uma senhora chegou à parte final, e esteve constantemente a chatear o apresentador para que ele lhe dissesse o preço final. A concorrente não queria saber das ajudas que Jorge Gabriel lhe dava, e nem ouvia o público que lhe estava a gritar determinados preços. Não tomava atenção a nada... só dizia: “Diga! Diga... diga, diga, diga, diga, diga, diga, diga, diga, diga....”. Jorge Gabriel já lhe estava a pedir um preço final, e ela só dizia diga.

     Para desilusão da concorrente, teve que dizer o preço final, e como já era de desesperar, não acertou. De nada valeram as centenas de “Digas” que a senhora disse, para no fim não se ter apercebido da figura ridícula que fez.

    A primeira edição deste concurso era semanal, e teve como apresentador Carlos Cruz, e na segunda edição Nicolau Breyner. O locutor do programa nas duas primeiras edições, foi António Macedo, que chamava os espectadores que eram selecionados para concorrentes. Num programa, o locutor demorou algum tempo a dizer o número do último espectador a ser seleccionado. Número esse que continha dois dígitos. O António tinha por hábito dizer lentamente o primeiro número, e só depois de alguns segundos dizia o segundo. Por exemplo, o espectador seleccionado era o vinte e quatro. Então ele dizia: “E o número seleccionado é o, dois..... quatro”. Num programa a lentidão foi tanta, que a concorrente número dois levantou-se toda contente, pensando ela que tinha sido seleccionada. Quando ouviu Nicolau Breyner a dizer que não era ela, regressou ao seu lugar desiludida.

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