Série Polícias
Muita gente lembra-se de uma série policial portuguesa que estreou na RTP1 em 1996 da autoria de Luís Filipe Costa e Francisco Moita Flores, tendo como actores Vitor Norte, Luis Esparteiro; Maria João Luis, Orlando Costa, Manuel Cavaco, Paulo Matos, João Lagarto, entre outros.
Esta série foi mais ou menos a continuação da telenovela “Desencontros”, em que algumas personagens principais eram polícias, tendo três actores desta novela feito parte da série também. As personagens que Vítor Norte e Luís Esparteiro interpretaram na telenovela, foram exactamente as mesmas personagens que interpretaram na série. Apenas tinham de diferente o nome. Vítor Norte e Luís Esparteiro chamavam-se André e Bernardo na telenovela respectivamente, e na série Sebastião e Diogo. Já Manuel Cavaco, também entrou em ambas mas, na telenovela era o chefe da polícia e na série era inspector.
Uma parte desta série que me tocou imenso, foi num episódio
em que uma mulher tinha sido assaltada. Quando a libertaram, ela viu um táxi a
passar e mandou-o parar. A senhora pediu ao taxista para a levar às instalações
da PJ, e quando chegaram, o taxista disse o preço que ela tinha que pagar. Só
que a senhora, como tinha sido assaltada, não tinha dinheiro para lhe pagar.
Então o taxista foi com a senhora até às instalações da PJ, para que lhe
pudessem pagar o serviço do táxi. Rita (Maria João Luís), que era a chefe da
Policia, deu-lhe dinheiro para pagar o táxi, tendo o taxista perguntado à chefe
se não tinha mais pequeno, uma vez que lhe tinha dado dinheiro a mais. Rita
disse-lhe que não tinha problema que podia ir embora. Tendo-lhe chamado a
atenção pelo facto da senhora ter sido assaltada e não ter sido capaz de a
trazer sem lhe ter cobrado o serviço do táxi.
A pergunta que eu faço é: Porque é que a produção da série
decidiu tomar esta opção do taxista ter cobrado o serviço do táxi à senhora e
não lhe ter oferecido? Ou seja, ajudado! Será que é para chamar a atenção aos
taxistas reais para quando se confrontarem com uma situação do género, serem
gentis e não lhes cobrarem o táxi quando forem assaltadas?
Outro episódio da série que me tocou imenso e teve efeito em
mim, o actor Luís Esparteiro (Diogo/polícia da série) e o falecido Canto e
Castro (Doutor/Médico), estão no corredor de um prédio, acabados de sair de
casa. De repente, aparece um mendigo/drogado na frente deles. Já não me lembro
bem, a razão porque esse mendigo apareceu lá dentro do prédio, Diogo diz-lhe
que tem pura cocaína com ele e que lhe vai dar. O polícia tira uma saqueta branca
dentro do bolso do casaco e atira-a para o chão. O mendigo diz-lhe para não
sair de onde está, para ter espaço e tempo suficiente para apanhar a saqueta.
Quando vai a apanhar a saqueta, Diogo aproxima-se de repente e dá-lhe uma
cacetada fazendo-o perder os sentidos. Depois de tudo ter acabado em bem, o
Doutor virou-se para o polícia e pergunta-lhe:
- “Ó Diogo, mas você agora anda com cocaína dentro do
bolso?”. Diogo responde ao Doutor:
- “O quê? Cocaína? Isto é uma saqueta de açúcar Doutor. Eu,
tomo o café sem açúcar Doutor”.
Esta atitude que o actor Luís Esparteiro teve, influenciou-me
tanto, que eu uns meses mais tarde comecei a deitar cada vez menos açúcar no
café, até ter conseguido deixar. Foram três anos que demorei, mas o que é
verdade é que consegui. Já nem no galão e noutras bebidas que deitava açúcar
antes, já não as consigo tomar com açúcar. Valeu o esforço e sinto-me contente
por o fazer.
Quando comecei a beber o café sem açúcar, lembro-me de uma
amiga minha que deitou a saqueta inteira no café, mexeu-o e consoante o bebia,
ainda fumava um cigarro. Duas coisas, que não são muito aconselháveis para a
saúde.
Resumindo e concluindo, através de uma série que vi nessa época, perdi um vício que nada tem a ver com a actividade de lazer.
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