João Monteverde

          Ainda sou do tempo em que uma pessoa para ouvir a música de que gostava, tinha de ter um aparelho de cassete TDK, de discos vinis ou leitor de CD.         No início da década de 80, para ouvir a nossa música, tínhamos de comprar a fita da cassete para ouvir na nossa aparelhagem, ou até mesmo no carro. Havendo também os discos vinis, de que ainda hoje há coleccionadores, que têm imensos álbuns das suas bandas favoritas, nestes formatos. Contudo, também tínhamos as cassetes virgens, que davam para gravar de cassete, disco e CD para cassete.           Lembro-me quando era adolescente, muitas foram as vezes que queria arranjar álbuns de bandas que gostava na altura e não conseguia. Cheguei a ter quase duzentas cassetes de música, todas elas gravadas. Acho que nunca na vida, cheguei a comprar uma cassete de música original. Cheguei a ter algumas originais mas, foram-me todas oferecidas. Só compra...

Foi uma correria para a compra de bilhetes dos concertos dos Coldplay, assim que estiveram disponíveis. Em poucas horas, esgotaram-se os acessos para os três concertos da banda britânica, que resolveram acrescentar mais um, tendo-se esgotado também em curto espaço de tempo. Espetáculos esses, que irão ocorrer em maio do próximo ano na cidade de Coimbra. Isto é, daqui a nove meses. Esgotaram-se os concertos, esgotaram-se as reservas de hotéis e os donos dos restaurantes, também irão facturar bem nos dias das actuações dos Coldplay. Os preços dos bilhetes, os mais baratos, custaram sessenta e cinco euros e os mais caros, cento e cinquenta euros. Agora, os preços dos mesmos, ultrapassam os mil euros para quem esteja a revendê-los ou a fazer leilão com eles.             Para a actuação desta banda, a crise já não existe independentemente do preço que pagam pelos bilhetes, e para quem vive longe de Coimbra, há dinheiro para as desloc...