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A mostrar mensagens de setembro, 2021

João

       João. Sim, é o meu nome. Há muitos Joões e é dos nomes masculinos que mais existe. Mas, não é por isso que hoje escrevo este texto. É por um livro de banda desenhada que li há umas semanas, e que se chama precisamente, João.         Por um lado, e só pelo facto do título do livro ter o meu nome, já me chamou a atenção. Por outro, conta a história dum João que faz cinquenta anos e que tem bastantes gostos em comum, relativamente a mim. Começando pelo seu filme favorito “Gladiador”, que também é o meu filme preferido. Ele tem muito amor à cidade de Roma, principalmente ao coliseu, e essa é uma das razões pelo qual adorei o filme.         Também temos coisas diferentes em que não nos identificamos. Mas por outro lado, existem meras coincidências. Apesar da idade que tem, 50 anos, ainda tem objectivos a atingir na vida, tal como eu. Objectivos esses que vai atingido, tal como eu nestes últimos meses de trabalho, também a...

Jardim 25 de Abril de Aljustrel

    Aljustrel, vila alentejana onde cresci e fui criado. Quando me lembro da minha terra, a maior parte das vezes lembro-me também do jardim da vila. Jardim esse em que passei bons momentos da minha vida, sobretudo na minha infância e adolescência.      Acontece que, a arquitectura do jardim, já não é igual ao que era há vinte anos atrás. Sempre que me lembro, é sempre da arquitectura antiga. Tenho muitas fotografias lá tiradas, principalmente quando era miúdo. Os meus pais gostavam de ir lá passear comigo e tenho muitas boas recordações. Ainda há pouco tempo, uma amiga minha publicou uma foto no facebook, em que os protagonistas são o seu irmão, a minha mãe e eu quando tinha cerca de dois meses de idade. Esta é uma, das muitas que tenho guardadas daquele lindo local. Ainda hoje tenho ideia de como eram os caminhos, as suas larguras, distâncias, onde haviam escadarias, lagos, árvores, palmeiras, bancos, mesas, e onde estavam localizadas. Quando entrávamos pela...

Solidão – Parte II

        Existem exemplos de locais que já foram bastante frequentados e que hoje em dia, mesmo antes do covid ter aparecido, são pouco frequentados. Vou dar um exemplo verídico e outro fictício.      Exemplo verídico: há vinte anos atrás, Castro Verde era o ponto de encontro do pessoal jovem no baixo Alentejo. Ia gentileza de Aljustrel, Beja, Ourique, Almodôvar, para passar a noite de sábado na vila alentejana. Que tinha a vila para atrair tanta gente? Era a discoteca Santa Loucura, onde se via gente de todo o baixo Alentejo. Cheguei a ir lá muitos sábados à noite, e o primeiro local onde ia era ao Castro’s café. Era um bar em que o pessoal todo se reunia antes de ir para a discoteca. Aliás, muitas das pessoas que lá trabalhavam, também trabalhavam na discoteca. Assim que o bar fechava, corriam para a discoteca para trabalharem o resto da noite. Cheguei a frequentar muito o Castro’s café. Passavam-se lá bens as noites, e às vezes nem ia à discot...