João Monteverde

       Como se diz à portuguesa, “ Hoje vamos até ao fundo do túnel ”. Vamos até a noite dar. Há quem goste de se prolongar até ao fim da noite, outros nem por isso. Uns têm mais pedalada que outros. Gostam de ficar até a noite dar. Outros não aguentam ficar até tão tarde.      A partir dos trinta e dois anos, sentimos que a idade já começa a pesar e já não temos a pedalada que tínhamos antes. Apesar disso, há quem aguente melhor a pedalada que outros. Há uns que chegam a meio da noite e já começam a estar fartos, a bocejarem e estão ansiosos que a noite acabe, ou ter a esperança de ouvir alguém a dizer: “ Vamos embora? ”. Há outros que estão tão concentrados na conversa, o álcool está lhes a fazer bem e não dão pelo tempo passar. Gostam de terminar a noite quando já não têm bebida, quando o dinheiro termina, ou quando vêem que toda a gente já se foi embora. Isto é, às vezes vêem-se obrigados a regressarem a casa mais cedo, porque já não têm companhi...

    Na nossa adolescência, quando começamos a ver filmes e séries de acção, queremos andar à porrada uns com os outros para mostrarmos às pessoas que queremos ser heróis. Falamos mais dos rapazes que entram neste tipo de esquemas para mostrar meninas o que querem realmente ser. O mesmo também se pode dizer de certos casais de namorados em que o cavalheiro gosta de mostrar agressividade à sua alma gémea para se armar em heroi. Não é com violência ou com prática de artes marciais que mostramos às pessoas que somos heróis.     Quando vemos cenas de pancadaria e queremos nos meter no meio da confusão com o intuito de acabar com a situação, por vezes não conseguimos, ou não nos metemos com medo de sermos agredidos o sermos vítimas da situação. Quem se mete, mostra a sua coragem e demonstra que quer acabar com a situação, sabendo que se arrisca a ficar ferido. Existem muitos indivíduos que veem pessoas a serem maltratadas ou a serem assaltadas e ficam a ver sem faze...

     Quando salvamos alguém, ou quando ficamos marcados por um grande facto na vida, somos considerados heróis. Temos o grande herói do 25 de Abril que foi o Capitão Salgueiro Maia. Um grande herói que nos salvou do regime salazarista e que arriscou a vida para que Portugal fosse um país livre e que desse uma nova vida aos portugueses.      Falando de um exemplo fictício, tivemos há 30 anos atrás a série MacGyver, onde os Onda Choc fizeram uma versão da personagem (Super Mac) começando ela a ser cantada por: “Herói, herói, herói...”. Aqui falamos de um herói que na realidade não existe. Mas para uma boa parte das crianças da altura, o MacGyver era o seu herói. O actor Richard Anderson, há uns tempos teve uma avaria na sua viatura e não foi capaz de consertar o problema do carro. Agora, se fosse o MacGyver a conduzir o carro, tinha consertado o problema com o seu maravilhoso canivete suíço.     Há determinadas profissões que nos podem fazer pas...